Diante da
necessidade de cumprir esse turbilhão de atividades, elas procuram profissões
mais flexíveis. Para Maria Clara Cavalcante Bugarim, vice-presidente de
Desenvolvimento Profissional e Institucional do Conselho Federal de
Contabilidade – CFC, este é um dos motivos que explicam a crescente ascensão da
mulher no ofício da contabilidade. "Percebo que isso está acontecendo em
todas as profissões. Trata-se de um fenômeno natural. As mulheres estão
buscando qualificação e passando a ocupar mais espaço no mercado de
trabalho."
Em 2009,
o mercado profissional de contabilistas era formado por homens (74,6%) e
mulheres (25,4%), segundo pesquisa nacional realizada pelo CFC. Atualmente,
essa relação está em 59% contra 41%. Portanto, dos cerca de 500 mil
contabilistas registrados no órgão da categoria, aproximadamente 200 mil são
mulheres. De acordo com o presidente do CFC, Juarez Domingues Carneiro, em alguns
estados brasileiros as mulheres já representam mais de 50% dos profissionais.
Na
avaliação de Maria Clara, o mercado aquecido e a oportunidade de salários
atrativos também contribuem para a absorção dessas profissionais. "É
importante pensar que grandes, médias ou pequenas empresas precisam do
contabilista." A pesquisa aponta que os profissionais técnicos recebem
remuneração mensal entre R$ 2.100,00 e R$ 4.200,00, enquanto a dos formados no
ensino superior é de R$ 4.200,00 a R$ 8.400,00.
Maria
Clara, porém, chama a atenção para a constante necessidade de atualização dos
profissionais, bem como o domínio de mais de mais de um idioma, principalmente
o inglês. "Diante das constantes mudanças na legislação e das normas
contábeis é preciso se atualizar. O CFC desenvolve um programa sistêmico de
aperfeiçoamento profissional, com objetivo de capacitar o contabilista para
atuar em todos os estados da federação. Adaptar-se às mudanças não é opção; é necessidade",
afirma categoricamente a executiva, que também é presidente da Academia
Brasileira de Ciências Contábeis.
Ela
recomenda ainda que os jovens fiquem atentos às oportunidades de mercado. Com a
crescente entrada de chineses no Brasil, há uma procura por profissionais que
falam o idioma mandarim.
A
pesquisa realizada pelo conselho mostra ainda que 90,9% dos profissionais que
participaram da amostra estão satisfeitos com a profissão, dos quais 21,8%
estão plenamente satisfeitos e 69,1% satisfeitos.
Fonte:
DCI – SP
27/04/2012
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